Pronunciamento
ocorreu na última sessão desta quinta-feira (20)
Em
pronunciamento emocionado, o vereador Leandro Balardin (PSDB), despediu-se da
Câmara de Vereadores na última sessão da atual legislatura. Em tom de
agradecimentos e de felicidade pela missão cumprida na Casa do Povo. Balardin
destacou a importância do papel do parlamento, as ações e realizações de seu
mandato, além de dizer muitas verdades. O parlamentar ressaltou que seguirá
suas atividades profissionais, comunitárias, políticas, partidárias e que
apenas deu o primeiro passo na política. De acordo com Balardin, ele voltará ainda a se dedicar ao que sempre
fez, eventos e ações comunitárias, o sem dúvida alguma lhe mantêm em atividade
com destaque.
Trechos do discurso:
Fazer hoje, nesta última Sessão Parlamentar da atual Legislatura
a minha manifestação de despedida desta Casa.
Aqui exerci meus dois mandatos de Vereador, o primeiro de 2005 à
2008 e o segundo de 2009 a 2012. Mandatos legítimos e outorgados pelo Povo.
Faço inicialmente meu agradecimento imenso aos servidores do
Legislativo, aos quais convivi durante este 8 anos. Muito obrigado a todos, em
especial o diretor da Casa Roger Zann.
Há todos, meu muito obrigado pelo respeito e apoio dedicado a
minha pessoa e a minha assessoria.
Meu sentimento de despedida nesta sessão é de gratidão, do
sentimento do dever cumprindo. Aqui nesta Casa aprendi muito sobre política.
Aqui nesta Casa realizei um grande objetivo de minha vida, que
foi de cobrar o melhor para minha Comunidade, apontar o que errado estava e
sugerir as mudanças que minha Terra tanto precisa.
Fui fiel aos meus eleitores e a minha consciência, procurei dar
o melhor do meu trabalho na fiscalização da prestação dos serviços públicos e
desta Casa.
Exerci plenamente os deveres de meu mandato parlamentar. Dizer
que valeu a pena. Pois entendo que nunca trai meus princípios, princípios
democráticos, de liberdade, os meus ideais e mais do que isso, poder afirmar e
provar que a minha investidura como VEREADOR, nunca foi em prol de qualquer tipo
de benesse pessoal, de negociações partidárias ou de PODER.
A política é muito dinâmica e cheia de voltas, mas que nos faz
apreender.
Defendi por 2 anos aqui nesta Casa o Governo Marlon Santos,
quando trabalhamos muito pela vinda da Granol, Calçados Schmidt e diversos
projetos e empreendimentos. Muitos que na época criticam nosso governo, nessa
última eleição passaram correr atrás do governo Marlon e falar bem dele, mas
foram radicalmente contrários a muitos projetos da época em defendemos nesta
Casa.
Deixo de ser Vereador pela minha própria vontade. Foi eu quem
decidi em não mais ser candidato.
Saiu muito feliz deste Legislativo, porque, mesmo quando no
Governo ou na oposição, atuei sempre com independência, quando tinha que
cobrar, bater e criticar o meu próprio governo assim agi, assim o fiz. Votei
por CPI quando tive que votar, nunca me dobrei diante das coisas fáceis, nunca
me chantagearam, nunca ninguém comprou o meu voto, porque o mesmo nunca esteve
a venda e nunca estará.
Quando na oposição lutamos pelo melhor da cidade. Nunca deixamos
de votar algo que fosse bom para a Sociedade. Agimos sempre com base na
Legalidade e Constitucionalidade. Não fui um vereador acomodado e conivente com
os mandos e desmandos que acontece no Setor Público e no próprio Legislativo.
Jamais silenciei para os desvios e maus feitos dos governantes, os quais fui
pago pelo Povo para fiscalizá-los.
Quando presidente deste Parlamento, eleito pela vontade da
maioria e sem qualquer tipo de “tramoia” ................., fizemos as mudanças
necessárias. Colocamos as transmissões ao vivo por Vídeo e Rádio, colocamos o
portal transparência na Internet, divulgamos todos os salários, diárias e
gastos públicos, principalmente dos pares. Possibilitando assim a fiscalização
da Sociedade sobre os atos de cada vereador. Estancando por vez com os gastos
excessivos em diárias que ocorriam.
Apresentamos projetos
inovadores como o do Restauro desse prédio histórico, patrimônio da comunidade
e não só dos Vereadores, que possibilitou a aprovação de R$ 4 milhões de reais
junto a Lei de Incentivo a Cultura e que foi perdido por questão de processo
Judicial de quem quer ver Cachoeira descer. Projeto este suscitado na justiça
desde 2008 e que hoje no final de 2012, foi julgamento nas instâncias local e
superior como legal, correto, pela Justiça e pelo Tribunal de Contas.
Defendi sempre que esta Casa devesse ser verdadeiramente um
Poder Independente, Harmônico e cumpridora dos seus deveres e a grande
FISCALIZADORA do PODER EXECUTIVO. Sem atrelamentos, sem acometer-se de alianças
injuriosas ou conchavos políticos.
Despedimo-nos desta missão, de cabeça erguida e tranquila,
convictos de que como diz meus escoteiros-lobinhos, fizemos o “MELHOR
POSSÍVEL”.
Dizer aos colegas que seguem e aos novos que chegam, que o
MANDATO vale mais do que qualquer Poder, vale mais do que qualquer negociata,
vale mais do que qualquer cargo, do que qualquer centavo ou de interesses
pessoais. Vale a nossa HONRA, vale a nossa REPUTAÇÃO, a nossa DIGNIDADE. EU FIZ
VALER A MINHA, e não me arrependo de nada do que fiz e disse nesta Casa.
Obrigado a todos que me proporcionaram os embates políticos, de
ideias que nos fizeram crescer também.
Agradeço a todos que aqui divergiram conosco, pois foi dos
debates que conseguimos mostrar quem somos e do que somos capazes.
Agradecer a confiança do Povo que aqui me colocou por duas
oportunidades em eleições com cadeiras reduzidas a 10 vagas.
Mas, sobretudo, dizer que o meu orgulho
maior pelo trabalho aqui desempenhado, é devido sim aos MEUS PAIS, A MINHA
FAMÍLIA. Foram eles que me deram estudo e obrigação de ser o que sou. Tinha
obrigação de fazer e dar o melhor de meu empenho.
A política não acaba na minha vida, nem
minha carreira, o desafio assumido na última eleição foi o pontapé inicial de
um projeto político de governar Cachoeira do Sul, trabalhar por ela e pelo meu
Estado, o Rio Grande do Sul.
Até breve.
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